Na última sexta-feira (05/11), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou uma série de medias importantes relacionadas à comercialização de combustível no Brasil. Uma delas autorizou o serviço de combustível por delivery aqui no País. Ou seja, você pode abastecer o seu veículo sem sair de sua casa. No entanto, para o economista Paulo Dutra Constantin, o serviço não faz com que o preço caia.
De acordo com economista, o serviço de combustível por delivery não irá trazer benefícios para a redução de preços; entenda
O coordenador do curso de Economia da Faap disse isso em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil. De acordo com ele, a princípio, este novo serviço não irá trazer benefícios para a redução de preços por conta dos custos que podem envolver a operação de entrega de combustível em domicílio.
“É simplesmente um serviço que está sendo colocado e, provavelmente, o delivery vai ser mais caro, pois implica em custos maiores para a empresa. E ela vai repassar isso ao consumidor, não tem como.”, diz o economista.
Ele explica que a mão de obra utilizada para entregar esta gasolina na casa das pessoas será diferente da que é usada para a entrega de gasolina nos postos. No caso, as empresas terão que utilizar caminhões menores e que possuam toda uma estrutura para a garantir tanto a qualidade do combustível ao consumidor quanto a segurança. Constantin ainda lembra que os serão os postos que irão fornecer a gasolina, por enquanto.
O serviço de combustível por delivery foi anunciado pela ANP na última semana. A agência diz que os donos postos terão que requisitar uma autorização específica à ela. Os mesmos precisarão estar em adimplência com o Programa de Monitoramento de Qualidade da ANP (PMQC). Neste primeiro momento, a oferta estará restrita a gasolina C (gasolina comum) e ao etanol hidratado.
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Além disso, a empresa diz que o delivery “deverá ser feito até os limites do município onde se encontra o revendedor varejista autorizado pela ANP.”.
Novas regras da ANP
A autorização do serviço de combustível por delivery não foi a única mudança realizada pela ANP. De acordo com a resolução outra medida que visa ajudar os consumidores é a alteração da forma como o preço do combustível é mostrada no painel de preço. Agora, os postos terão os postos terão que mostrar os valores com apenas duas casas decimais.
Por exemplo: ao invés de colocar R$ 6,399, eles terão que colocar R$ 6,39. Tudo isso para facilitar o entendimento do comprador.
Outras três alterações nas regras relativas à venda de combustíveis foram anunciadas. Os TRRs (Transportador-Revendedor-Retalhista), por exemplo, foram autorizados a vender gasolina comum. Antes, elas poderiam comercializar apenas diesel e etanol hidratado – a comercialização deste último também foi autorizada pela diretoria da ANP recentemente.
Já a “tutela de fidelidade à bandeira” também foi alterada. A partir de agora, os revendedores varejistas terão que mostrar o CNPJ, a razão social ou o nome fantasia do distribuidor fornecedor. Sem falar que, segundo a ANP, eles também terão que enviar à agência as coordenadas georreferenciadas (GPS) no momento em que for pedida a autorização para o exercício da atividade à ANP.
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Para economista, combustível por delivery não reduz preço; entenda - Garagem 360
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