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Thursday, July 8, 2021

Credit Suisse eleva projeção de preço de ações brasileiras ligadas a minério e aço - Valor Investe

O Credit Suisse atualizou sua projeção de preço de minério de ferro para os próximos anos, dada a resiliência do preço da commodity e da demanda chinesa. Agora o banco prevê que o preço da tonelada do minério em 2021 ficará em média US$ 179, ante a previsão anterior de US$ 155.

Para 2022, o banco aumentou a projeção de US$ 120 para US$ 144. Em 2023 os analistas projetam um preço de US$ 90 por tonelada, com a demanda arrefecendo e a oferta aumentando. Já para 2024, o banco revisou para baixo sua estimativa, cortando de US$ 85 para US$ 80 a tonelada do minério de ferro.

As siderúrgicas em todo o mundo estão, em sua maioria, relatando fortes carteiras de pedidos e prazos de entrega estendidos, e seguem lutando para atender a demanda dos setores de automóveis, eletrodomésticos e construção.

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“Isso fez com que os preços do minério de ferro subissem cerca de 41% no acumulado do ano, para níveis acima de US$ 200 a tonelada e a principal questão agora é quanto tempo essa corrida vai durar”, diz o banco.

Segundo o relatório, embora as estimativas de produção de aço tenham superado as expectativas do banco, são notados sinais de desaceleração da atividade de construção e gastos com infraestrutura na China, que esperam se traduzir em desaceleração no segundo semestre em diante.

“Além disso, vemos evidências de preços elevados incentivando o fornecimento adicional de minério de ferro. Esperamos que a produção doméstica de minério de ferro na China suba 50 milhões de toneladas este ano para 340 milhões de toneladas, enquanto as exportações de minério de ferro da Índia não estão caindo e esperamos que permaneçam relativamente estáveis em 46 milhões de toneladas, ante 44 milhões em 2020”, diz o banco.

Embora a compra adicional sobre o fornecimento de minério de ferro seja baixa, ainda é maior do que no ano passado.

“Portanto, não há dúvida de que o minério de ferro está inflacionado agora, mas esperamos que esse aperto diminua gradualmente ao longo dos próximos anos, arrefecendo os preços atualmente inflacionados”, segue.

Diante desse cenário, o Credit Suisse manteve a recomendação de compra das principais mineradoras brasileiras, como Vale, Bradespar, CSN Mineração e Usiminas, considerando que tais empresas têm uma avaliação atraente e mais barata que os concorrentes internacionais, além da projeção de aumento de caixa em dois dígitos no período entre 2021 e 2023.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo das ADRs da Vale, negociadas em Nova York, de US$ 25 para US$ 28, mantendo a recomendação de compra, após o banco atualizar e incorporar suas projeções de preços de minério de ferro entre 2021 e 2024.

“No geral, acreditamos que a avaliação da Vale de 2,6 vezes o EV/Ebitda de 2022 parece excessivamente descontada e as perspectivas de retorno à frente são atraentes: vemos a Vale postando um forte rendimento de caixa de 15% entre 2021 e 2023 e sua política de dividendos deve trazer rendimentos de 8% em média nesse período”, diz.

Em última análise, o Credit acredita que os preços da Vale ainda são muito atraentes para os investidores ignorarem os fortes rendimentos de dividendos, aumentando as remessas e reduzindo os custos futuros.

O Credit Suisse aumentou o preço-alvo das ações da Usiminas de R$ 25,50 para R$ 28,50, com recomendação de compra, após o banco atualizar e incorporar suas projeções de preços de minério de ferro para os períodos de 2021 até 2024.

“Acreditamos que a Usiminas é uma boa opção para aproveitar o impulso dos preços mais altos do minério de ferro e dos aços planos e também da forte dinâmica da demanda. Embora a operação de mineração de minério de ferro da Usiminas seja menos significativa do que a da CSN ou da Vale, prevemos que 39% do Ebitda da empresa em 2021 deve vir da commodity, o que fornece um forte suporte para o crescimento dos lucros”, diz o banco.

Além disso, o Credit aponta para uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal que poderá gerar R$ 2,4 bilhões de créditos tributários devido à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, que deve fornecer suporte para uma geração mais forte de caixa ao longo do próximo ano.

“Prevemos a Usiminas sendo negociada a 2,9 vezes o múltiplo EV / Ebitda de 2022, o que é atraente, sua média histórica é de 6,5 vezes, e entregando um Ebitda de R$ 11,8 bilhões em 2021, com e um forte rendimento de caixa de 24% neste ano”, completa.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo das ações da CSN de 58,50 para R$ 65, mantendo a recomendação de compra, e o preço-alvo da CSN Mineração de R$ 11,50 para R$ 13, incorporando nos modelos as atualizações de estimativas de preços de minério de ferro para o período entre 2021 e 2024.

A CSN é dona de 79,14% da CSN Mineração, que opera com exportação de minério de ferro.

“Acreditamos que o ímpeto deve permanecer forte para a CSN, visto que os preços do minério de ferro estão altos e os aumentos nos preços do aço no mercado doméstico ainda estão influenciando os resultados da empresa”, diz o banco.

De modo geral, o banco aposta que a geração de caixa para a CSN deve permanecer robusta, o que deve reduzir a alavancagem a níveis estruturalmente mais baixos, resolvendo problemas de estrutura de capital do passado.

“Isso, em nossa opinião, também deve abrir espaço para a CSN aumentar o pagamento de dividendos, mas rendimentos de dois dígitos em 2022-25 parecem alcançáveis”, completa.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

 — Foto: Getty Images

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