Nem mesmo o pedido ou as ameaças do presidente dos EUA Joe Biden fizeram a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) mudar a política de aumento gradativo na produção global de petróleo. A Oped+ irá elevar em apenas 400 mil barris diários a oferta da commodity para janeiro, ao passo que Biden pedia que o ritmo fosse acelerado para suprir a necessidade de gasolina sem aumentar o preço.
Com isso, a pressão nos preços deve seguir nos EUA e também em todo mundo, mas diminuir. Foi anunciado pelo Estados Unidos a libração de 50 milhões de barris de petróleo da reserva nacional como forma de tentar segurar a inflação. Porém ainda demora um tempo para que a commodity chegue ao mercado.
Biden falou em uma entrevista coletiva que a pandemia do coronavírus e os gargalos de oferta são os grandes desafios atuais e o motivo principal da elevação geral de preços. Porém, o presidente dos EUA reafirmou que mesmo com esta situação, a economia americana está crescendo.
Em meio à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), o presidente disse que investir em energia limpa é uma oportunidade única para criar empregos.
Simultaneamente, os estoques vem ficando escassos. Apenas na semana passada, caíram 909 mil barris, contra a pojeção de 800 mil do mercado.
“Democracia não é uma palavra querida na Opep, tampouco cooperação. A Opep ainda comanda o mercado de petróleo e derivados pelo mundo, e não tem muita saída, a gasolina no Brasil deve seguir o preço internacional. Nós projetamos que o petróleo vai rondar a faixa dos 70 dólares o barril até o final 2022”, disse Vinicius Buriche, analista da Inside Research.
Às 17h25 desta quarta, 2, os petróleos tipo Wti e Brent cresciam respectivamente 2,4% e 2,1%, a 67,1 dólares e 70,3 dólares o barril. Com isso, não é fácil imaginar ver o preço da gasolina mais em contra mais pra frente.
“Do lado da demanda, estamos vendo uma reativação da economia e da mobilidade após o impacto da covid-19, então após termos experimentado a maior queda registrada no ano passado na demanda por petróleo, este ano nós provavelmente registraremos o maior aumento”, disse Mark Finley, pesquisador especializado em energia e petróleo da Rice University, nos EUA.
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