Após quedas e oscilações consecutivas desde o início da pandemia, o mercado imobiliário do Rio de Janeiro dá sinais de recuperação e de crescimento. Em novembro, o preço médio do metro quadrado do aluguel atingiu R$ 30,67 — o maior valor registrado desde outubro de 2019. Com o resultado, o mercado do Rio eliminou as perdas registradas no período mais drástico da pandemia de Covid-19. Os dados são o Índice QuintoAndar, plataforma de aluguel ou da compra online.
O preço representa alta de 2,13% em relação a outubro — o maior aumento mensal da série histórica. Somente este ano, o valor médio do metro quadrado do aluguel subiu 5,4%, bem acima da capital paulista, que nos últimos 12 meses somou 1,58% a mais.
Metade dos bairros já recuperarou o patamar pré-pandemia. Ao todo, o aluguel por m² em 12 dos 23 bairros monitorados pelo Índice já voltaram ao patamar de 2020, o equivalente a 52% das localidades da capital fluminense. Eles estão espalhados majoritariamente pela Zona Oeste da cidade, indicando que ainda não há um efeito homogêneo na cidade. Áreas com maior procura, como Copacabana e Botafogo, por exemplo, ainda estão distantes da retomada dos preços do aluguel. Já bairros como Méier e Engenho Novo, na Zona Norte, apresentam valores já recuperados.
Entre os destaques sobre bairros, a Barra da Tijuca chama atenção com aumento de 27,7% no preço do m² dos últimos seis meses, sendo que, somente de outubro para novembro, houve um salto de 9,7% na valorização - atualmente em R$38,61/m². Logo em seguida na esteira de maiores altas estão Leblon e Jardim, que valorizaram 12,9% e 9,7% no último semestre, respectivamente.
Na outra ponta, estão Lagoa (-20,3%), Ipanema (-12%) e Vila Isabel (-11,3%) como os mais desvalorizados no mesmo período. Margem para negociação de contratos é menor Outro destaque foi a diferença entre o preço médio do valor dos anúncios e dos contratos efetivamente fechados, que recuou pelo quarto mês consecutivo. Em novembro, a distância entre anúncios e contratos foi de 13,28%, que representa 1,75 pontos percentuais a menos em relação a outubro.
Em São Paulo, o cenário não é diferente: a diferença foi de 13,56%, o equivalente a 2 pontos percentuais a menos e o menor registrado este ano.
—O mercado de aluguel no Rio tem se mostrado consideravelmente resiliente, com uma retomada mais rápida e dinâmica do que em São Paulo, por exemplo. Os preços já apontam uma mudança positiva no acumulado de 12 meses desde maio desse ano. Sobre os próximos meses, ainda há incertezas. Com a taxa Selic mais alta, naturalmente algumas pessoas repensam suas possibilidades em alugar ou comprar/financiar um imóvel e, nesse sentido, o aluguel pode ser relativamente mais atrativo no curto prazo — explica a economista do QuintoAndar, Monise Faria.
Preço do aluguel no Rio retoma ao patamar pré-pandemia, mostra pesquisa - Jornal Extra
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