O preço médio das carnes bovinas, apesar de ainda alto, começa a cair em relação aos últimos dois meses em açougues e supermercados da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O quilo do acém foi o que apresentou a maior queda: baixou de R$ 31,46 para R$ 29,25, uma redução de 7%, em média. Os dados são do levantamento feito pelo site de pesquisas MercadoMineiro em parceria com o aplicativo comOferta.com, entre 3 e 5 de novembro, e divulgado ontem.
O quilo da fraldinha apresentou queda de 5,65%, em média, de R$ 36,35 para R$ 34,30, enquanto o chã de fora teve redução do preço médio de 3,74%, caindo de R$ 38,41 para R$ 36,97. Já o preço médio do quilo do contrafilé caiu de R$ 46,22 para R$ 44,71, redução de 3,28%. Nos cortes bovinos, porém, é preciso pesquisar bastante na hora de comprar. Há diferenças de preços de até 324% entre os 39 estabelecimentos pesquisados, caso do quilo da fraldinha, que pode ser encontrado de R$ 19,99 a até R$ 84,95.
Nos dias pesquisados, os consumidores pagaram pelo quilo do contrafilé valores entre R$ 36,99 e R$ 79,95, uma diferença de 116%. Já a alcatra apresentou variação de preços de 100%, podendo ser comprada por R$ 34,95 até R$ 69,90. O quilo do chã de fora custava entre R$ 29,99 e R$ 52,90, uma diferença de 76%, em média.
Economista e coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, diz que a notícia boa é que se confirmou a queda nos preços, já registradada na última pesquisa. “Pequena ainda, mas já é um alento. Nossa preocupação era que a queda de preço na arroba do boi não chegasse ao consumidor. É uma carne que determina os valores das demais. A boa perspectiva no mercado interno é a paralisação da comercialização do produto bovino para a China, devido à vaca louca.”
Com a suspensão da exportação, há expectativa de folga no final do ano para o consumidor brasileiro, diz o economista. Ele reconhece, porém, que depende ainda da retomada ou não dessas exportações. Também a redução no imposto sobre a produção de milho teve influência na redução de preços.
Mas a recomendação é de que o consumidor compre somente o necessário. Em tempos normais, o preço da carne sobe no final do ano. “Estamos em novembro. Tem que realmente aproveitar somente o necessário, e pesquisar bastante, as variações nesta época tendem a aumentar. Alguns estabelecimentos podem receber o produto um pouco mais barato, mas não necessariamente repassam ao consumidor. O próprio frango foi o que menos caiu nos preços, mas manteve o consumo em alta.”
Pé de frango a R$ 14
A pesquisa mostrou que o pé de frango, que antes da pandemia era descartado pelos açougues ou era vendido por R$ 0,50 o quilo, na Região Metropolitana de BH, agora custa até R$ 13,99. O preço médio, porém, teve uma queda de 4,45% nos últimos dois meses, de R$ 7,80 para R$ 7,45. Já o preço médio do quilo da ave resfriada passou de R$ 11,64 para R$ 11,32, uma queda 2,79%.
No frango inteiro, as variações de preços chegaram a 57%, custando de R$ 9,55 a R$ 14,95 o quilo. O quilo do filé de peito pode ser encontrado de R$ 12,99 a R$ 25,90, variação de 99%. A coxa e a sobrecoxa, de R$ 10,99 a R$ 15,95, variação de 45%. O quilo do pé de frango é vendido entre R$ 4,25 e R$ 13,99, variação de 229%. O pescoço de peru pode ser encontrado por preços entre R$ 17,99 a R$ 25, variação de 39%.
Suínos
No preço médio da carne suína houve também ligeira queda. A bisteca ficou 3,57% mais barata, sendo vendida entre R$ 19,09 e R$ 18,41. O quilo do pernil sem osso teve queda de 3,43%, de R$ 19,21 para R$ 18,55. O quilo da costelinha caiu 3,5%, sendo vendido de R$ 22,64 para R$ 21,85. O quilo da toucinho comum passou de R$ 10,92 para R$ 10,52, queda de 3,68%.
Preço da carne cai 7%, mas há variações de até 324% - Estado de Minas
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