O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em entrevista à Rádio Gaúcha, o fim da paridade internacional na política de preços da Petrobras. Ele disse que, se eleito em 2022, irá alterar a atual política de preços da estatal, que segundo ele "deveria dar lucro ao povo brasileiro".
"Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro", disse Lula, em trecho reproduzido em seu Twitter.
A política de preços da petroleira estatal, atrelada ao preço internacional do petróleo, tem levado a constantes aumentos dos combustíveis nas refinarias, que por sua vez se refletem no preço final ao consumidor na bomba.
"Qualquer pessoa séria que ganhar as eleições não vai manter essa política de paridade de petróleo. Não é razoável", completou Lula
A alta dos preços dos combustíveis tem sido um dos principais fatores por trás da alta da inflação, que tem afetado a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recentemente também tem defendido a alteração na política de preços da companhia.
Lula e Bolsonaro, segundo pesquisas recentes, aparecem na primeira e na segunda colocação na corrida eleitoral para 2022. O último levantamento do Datafolha, publicado em setembro, mostra o petista com 44% das intenções de voto no primeiro turno, sendo que o atua presidente tem 26%.
Lula ainda não anunciou oficialmente a própria candidatura. Ele diz que tomará uma decisão em fevereiro ou março de 2022. No entanto, nos bastidores, seu nome na disputa ao Planalto no ano que vem é dado como certo por aliados e adversários.
Política de paridade internacional
Desde 2016, a Petrobras adota a chamada Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo brent, que é calculado em dólar.
Portanto, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.
*Com informações da agência Brasil e Reuters.
Não vamos manter essa política de preços da Petrobras, diz Lula - UOL Economia
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