Por Lucas Costa*
O bitcoin sofre correção essa semana, após ter atingido seu topo histórico em US$69.000 e ter falhado em se sustentar neste nível de preço.
Comentamos na semana sobre a fragilidade do teste do topo histórico, quando utilizamos o indicador OBV (On Balance Volume), que representa um saldo de volume entre os dias de alta e dias de baixa, e identificamos uma divergência de movimento. Lembrando que divergências ocorrem quando o indicador forma topos mais baixos e o preço forma topos mais altos que os anteriores, mostrando que o movimento de alta recente não apresentava pressão suficiente para novas máximas. Observamos que o indicador segue perdendo seus fundos, demonstrando continuidade de correção.
O gráfico diário mostra continuidade da correção, após falha de rompimento do topo anterior em US$66.999, mas que foi suficiente para renovação da máxima histórica. O preço começa a trabalhar abaixo da média móvel de 21 períodos, indicando enfraquecimento de movimento. A pernada de alta formada entre 21 de setembro e 20 de outubro (seta azul) forma uma figura chamada pivô de alta, que pode ser projetada para definição de objetivos de preço e retrações de Fibonacci, que são níveis de preço que atuam como suporte baseado em proporções de Fibonacci. Dito isso, os principais suportes se mantêm nas retrações de 38,2% em US$56.532 e 61,8% em US$50.065, caso existam correções. O rompimento do topo histórico em US$66.999 ativou a figura citada e tem alvos em US$78.345 (141,4% de Fibonacci) e US$83.930 (161,8% de Fibonacci).
A expectativa é dos próximos dias é de teste da retração de 38,2% de Fibonacci em US$56.532, que pode ser um bom ponto de posicionamento estratégico para uma primeira exposição, uma vez que temos uma localização de bom risco-retorno, e que não desconfigura a tendência de alta, em retomada de pressão compradora. O segundo ponto de entrada, em caso de correções mais profundas se encontra em US$50.065 (retração de 61.8% de Fibonacci).
Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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