Aumento do preço dos combustíveis começa a ser repassado em Alagoas
O mais recente aumento do preço da gasolina já começou a ser sentido pelos alagoanos nesta quinta-feira (12), após mais uma alta anunciada pela Petrobras. O preço médio do litro nas refinarias passou de R$ 2,69 para R$ 2,78, um reajuste de 3,3%. Com isso, já tem posto em Maceió cobrando R$ 6,29 pelo litro da gasolina aditivada.
No acumulado do ano, a gasolina da Petrobras já subiu cerca de 51%. Por outro lado, o diesel e o álcool seguem sem reajuste.
Em Maceió, o preço médio, sem o reajuste, é de R$ 6 para a gasolina comum. O litro nos postos que ainda não aplicaram os novos valores variam de R$ 5,89 a R$ 6,19.
Onde os preços já foram reajustados nesta manhã, o litro da gasolina comum passou de R$ 5,90 para R$ 5,99. Enquanto o litro da gasolina aditivada subiu para R$ 6,29.
Litro da gasolina comum chega a ser vendido a R$ 6,197 em Maceió — Foto: Vivi Leão/G1
O repasse dos reajustes depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
A maioria dos postos visitados pela reportagem disse que os preços só devem mudar quando houver necessidade de repor o estoque, porque a compra será feita já pela nova tabela.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes de Alagoas (Sindicombustíveis) explica que a decisão final do preço nas bombas cabe a cada revendedor, com base em suas estruturas de custo.
A justificativa é de que o mercado é livre em todas as etapas da cadeia: produção, distribuição e revenda, cabendo a cada um desses agentes determinar os reajustes com base em seus custos. O Sindicombustíveis diz não interferir nos valores porque o preço a ser cobrado é decisão individual de cada empresário.
Reajuste do preço da gasolina começou a ser repassado nas bombas, mas maioria dos postos ainda aguarda renovação do estoque para aplicar o aumento — Foto: Vivi Leão/G1
Impacto no bolso do trabalhador
Para os alagoanos, abastecer o veículo tem pesado no bolso. João Bezerra usa a moto para trabalho e diz que, nos horários de lazer, tem optado pelo transporte público para economizar.
"Vim abastecer agora e o preço já subiu. Assim não dá! É melhor pegar ônibus do que pagar um preço absurdo. Agora mesmo, vim aqui colocar gasolina na moto, mas só vou colocar R$ 10", disse.
Adilson dos Santos é motorista por aplicativo e conta que, com a alta da gasolina nos últimos meses, ele tem rodado muito e lucrado pouco.
"Quero saber de onde vem tanto aumento. Quem sofre mais é o pai de família e os motoristas de aplicativo. A gente sobrevive disso. Infelizmente, a gente tem que abastecer. Hoje coloco a mesma quantidade de dinheiro e não vejo quase nada de gasolina. Difícil demais", desabafou.
Litro da gasolina comum é vendido a R$ 5,899 em posto de combustível de Maceió que ainda não aplicou aumento anunciado pela Petrobras — Foto: Vivi Leão/G1
Maioria dos postos aguarda bombas zerarem para repassar novo valor ao consumidor quando renovar o estoque — Foto: Vivi Leão/G1
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Novo aumento do preço da gasolina começa a ser repassado nos postos de combustíveis de Maceió - G1
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