Os preços de ferrosos na China caíram nesta quinta-feira (13), liderados pelos contratos de referência do minério de ferro, que chegaram a desabar até 9,5% com uma pausa dos participantes do mercado após uma sequência de altas que levou os preços a máximas históricas nos últimos dias.
O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, encerrou em baixa de 7,5%, a 1.217 iuanes por tonelada (188,66 dólares), após tocar 1.190 iuanes mais cedo na sessão. A queda acabou com um rali que já durava cinco sessões.
Os preços do minério de ferro na bolsa de Dalian acumulavam ganhos de 23% em maio até quarta-feira, em meio a uma época de pico na demanda, preocupações com cortes de produção siderúrgica que impulsionaram os preços do aço e temores com inflação que alimentaram compras especulativas.
"Nós não vemos um aperto extremo no mercado de minério de ferro, nem agora nem no futuro. Nós vemos pouco suporte para o preço subir para essas máximas, acima do custo do produtor marginal no mercado", disse Erik Hedborg, analista da CRU, em nota.
O vergalhão de aço usado em construções negociado na bolsa de Xangai viu o contrato para entrega em outubro recuar 2,9%, para 5.915 iuanes por tonelada.
Os preços do petróleo também recuavam nesta quinta-feira, à medida que a crise gerada pelo coronavírus na Índia se agravava e com a retomada de operações de um importante oleoduto nos Estados Unidos, que encerraram um rali que levou as cotações a máximas de oito semanas após projeções de retomada na demanda.
O petróleo Brent recuava 1,74 dólar, ou 2,51%, a 67,58 dólares por barril, às 8h22 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 1,73 dólar, ou 2,62%, a 64,35 dólares por barril.
Na sessão anterior, o Brent havia subido 1%, enquanto o barril nos EUA havia ganho 1,2%.
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