O mercado brasileiro de suínos se mostrou fragilizado ao longo da semana, tanto nos negócios envolvendo o quilo vivo quanto nos cortes negociados no atacado. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o escoamento dos cortes suínos no atacado evoluiu de forma morosa, o que levou os frigoríficos a atuar com cautela na compra dos animais, apenas administrando seus estoques, que estão acima do normal no momento.
Para Maia, a perspectiva é negativa em relação ao consumo no decorrer do mês, com a descapitalização das famílias, o que denota dificuldades em torno de melhoria nos preços. “A preocupação dos suinocultores é crescente, uma vez que contam com pouco poder de barganha para negociar junto aos frigoríficos. Os custos de produção seguem em patamares elevados, apesar da queda do preço do milho registrada em vários estados do país no decorrer da semana”, avalia.
O analista ressalta que o bom ritmo da exportação brasileira é o fator positivo neste mês de maio, embora ela não seja suficiente para enxugar todo o excedente de oferta no mercado doméstico.
Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 8,28% ao longo de abril, de R$ 6,19 para R$ 5,68. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 3,63% ao longo da semana, de R$ 12,20 para R$ 11,63. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,93, recuo de 12,21% frente à semana passada, quando era cotada a R$ 10,21.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 114,270 milhões em maio (10 dias úteis), com média diária de US$ 11,427 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 43,461 mil toneladas, com média diária de 4,346 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.629,20.
Em relação a maio de 2020, houve alta de 6,21% no valor médio diário da exportação, perda de 4,19% na quantidade média diária exportada e valorização de 10,85% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 120,00 para R$ 100,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 5,70. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,90 para R$ 6,00.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação caiu de R$ 6,70 para R$ 5,80. No Paraná o quilo vivo teve baixa de R$ 6,60 para R$ 6,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo seguiu em R$ 5,60.
No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 5,80 para R$ 5,30, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,70. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,10 para R$ 5,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno recuou de R$ 6,30 para R$ 5,50. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 6,50 para R$ 5,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,25. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70.
Fonte: Agência SAFRAS
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